sábado, 12 de abril de 2014

PAREI DE CRESCER PARA AMADURECER



Chega um período em nossas vidas que deixamos de crescer, nossos dentes já caíram e nasceram os definitivos, nosso corpo se moldou e assim ficou. Não cresceremos mais para cima, apenas para os lados, infelizmente. Nossos pés usarão o mesmo número de sapato até o fim de seus dias. Mas filosoficamente falando, nossas mentes jamais param de crescer. O ato chama-se amadurecer.

Hoje me encontro em um penhasco, beirando meus dezoito anos. De frente com o abismo de tornar-me definitivamente uma mulher adulta. Eu sei que uma hora o vento forte fará meus pés falsearem e me jogará penhasco abaixo. Nada na vida acontece sem um empurrãozinho. Terei de encarar o penhasco da vida juntamente com suas obrigações.

Nem todos amadurecem. Algumas pessoas são como frutos fracos, caem das árvores ainda verdes e no chão permanecem.

Nessa etapa perguntamos a nós mesmos o que seremos, e sinto informar, nós não sabemos. Não quero trabalhar no que não gosto, mas recusar um emprego que paga bem, também não posso. E o teto que vou morar, agora que minha mãe quer viajar mundo a fora? Porque agora nós tomamos, definitivamente, conta do nosso próprio nariz.

Não é a idade pesando e sim nossa consciência nos apontando quanto tempo de vida já perdemos. E nos questionando o que faremos no restante que temos. Eu quero fazer tudo. E é por querer tudo que me vejo tão confusa nessas horas. Hello garota, daqui a pouco tu vira mulher, mexa-se!

E eu me mexo conforme a dança. Pulei do tal penhasco e meu coração saiu pela boca. Comecei a ver a vida não com outros olhos, mas de diferentes ângulos. Porque estou aprendendo a andar novamente, sem ter ninguém segurando minhas mãos. Eu não sei o que serei, mas sei o que eu quero fazer da minha vida e ando na direção dos caminhos que considero certo. Porque escolhas são importantes para amadurecermos, e se não sabemos como escolhê-las, acabamos tornando-nos frutos podres. Eu quero e vou amadurecer, eu vou e consigo ser feliz, e esse tal dezoito anos nada me diz.

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