Para mim, nada é suficiente. Nada me basta. Fecho os olhos e contemplo minha respiração, minha vida batendo forte e enchendo os pulmões de ar. O vento no rosto, o frio sorrateiro... E pergunto as árvores que balançam ao som do vento, na chuva de folhas mortas, porque ninguém se satisfaz com o nada? Nada me é respondido, pois talvez fosse pecado abrir a boca e atrapalhar o concerto da natureza. O nada, é a natureza na sua forma mais bela, vazia, limpa, viva e silenciosa.
Talvez eu não tenha aproveitado as oportunidades e resolvidos problemas, adiantado tarefas, tirado o máximo do dia. Mas o dia durou muito mais e não passou voando pelos meu dedos. Ele me deu o seu melhor e eu, lhe dei o meu tempo.
Fotografia: Fotografo David Uzochukwu
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