segunda-feira, 28 de abril de 2014

FUMEI



Fumei,
por anos,
mas parei. 

Não parei porque minha filha pediu,
nem quando minha mãe me impediu,
parei quando meu pulmão gritou
e o médico mandou.


Fuma e morra,
assim, 
curto e grosso,
realista.

Larguei a nicotina,
naftalina,
polônio,
acroleína
e outros. 

Desfiz meu pacto com o diabo,
dei um fim ao suicídio prolongado, 
vivi,
mais tempo que o esperado. 

Superei as recaídas, 
mesmo com tantos caminhos difíceis,
encontrei a saída,
bem vinda a vida,
vida bem vivida. 

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